Tá tudo bem?

Muito se fala hoje em qualidade de vida, mas, o que quer dizer afinal esse termo que domina os discursos da turma de Recursos Humanos, Departamento de Gestão de Pessoas, Setor de Seres Humanos, ou seja lá qual for o nome da moda? É mais um modismo? Afeta nossas vida? 

Qualidade de vida é um conceito muito amplo, e relativamente novo, mas que em geral diz respeito às escolhas que fazemos e a maneira como condicionamos nossas vidas. Se formos seguir tudo o que dita a mídia, estaremos fadados a comer pizzas e sanduíches hipercalóricos todos os dias, almoçar sempre com uma bela garrafa de dois litros de coca cola, lanchar sorvetes e biscoitos ricos em gorduras trans, saborear gordurosas picanhas regadas a bebidas que descem redondo todos os finais de semana. Com os dias encurtados pelas centenas de atividades que nos consomem (trânsito, trabalho, educação, família, amigos, redes sociais), fica cada dia mais difícil sermos os senhores de nosso tempo e de nossas escolhas e vamos nos habituando a deixar a vida nos levar. Academia, caminhada, meditação, nem pensar! Não temos tempo para estas atividades. Porém, realmente existem fatos sobre os quais realmente não temos ingerência, mas existem escolhas que podemos fazer. Pequenos ajustes nos permitem ter vida melhor.

Tempo: aliado ou inimigo?

Dei várias palestras sobre qualidade de vida, no Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria em Bragança, no nordeste do Pará, onde trabalhei vários anos e onde montamos ciclos de palestras semanais com o objetivo de fazer com que os colaboradores entendessem todos os processos que poderiam desencadear o estresse ocupacional, e saber lidarem quando eles apareciam. Mais recentemente dei palestra na Procuradoria da República do Pará, na Microlins e recentemente na Assembléia Paraense e para o Sindicato de Trabalhadores de Bares e Restaurantes de Belém, e, na sinergia que se estabelece com os grupos, fica mais fácil entender e linha tênue que separa nossos limites.

Boa parte da prevenção e tratamento dos males que afetam nossa qualidade de vida está diretamente ligada às nossas atitudes diante da vida. Uma teoria que sempre cito como exemplo nas palestras, é baseada na obra de Christian Barbosa intitulada “Tríade do Tempo”, onde ele propõe dividir nossas tarefas diárias em três esferas: “Circunstancial”, “Importante” e “Urgente”. Resumidamente, “Circunstancial” é o grupo de atividades que não nos enriquecem, mas que são as mais, digamos, gostosas de fazer. Quer exemplos bem práticos? A conversa gasta na hora do trabalho com assuntos alheios a ele, ler revistas de fofocas, tempo demais em redes sociais viciantes como o twitter e internet, novelas, reality shows como BBB são bons exemplos. Quanto de nosso tempo usamos neste tipo de atividades que pouquíssimo nos engrandece?

TV - Você está usando, gastando ou perdendo seu tempo?

Na esfera “Importante” estão todas aquelas tarefas que realmente proporcionam engrandecimento como cursos, palestras, treinamentos, MBAs, educação continuada, convívio familiar e social, lazer planejado, cuidado à saúde. Quanto tempo dedicamos a este tipo de atividade?

Educação continuada é a segurança de um futuro melhor

E na esfera das “Urgências” estão todas aquelas atividades que um dia foram importantes e que não demos a devida atenção. Quantas horas do dia gastamos resolvendo problemas (grandes ou pequenos) urgentes?

Prazos, metas, objetivos - rotina estressante.

Sabendo diferenciar as atividades e classificá-las em ordem de prioridade é um ótimo começo, pois tudo aquilo que é urgente, é estressante. Quem nunca deixou a conta de luz ou a prestação do carro para pagar no vencimento, “por falta de tempo”? E olha que brasileira é mestre em deixar tudo para a última hora.

Por outro lado, o auto-conhecimento é fundamental para entendermos nossos anseios e perspectivas diante do trabalho e da vida. O ser humano tem necessidades básicas, como lazer, convívio social, religiosidade, dentre outras que se não forem atendidas, geram desconforto que pode ir desde simples dores no corpo até a somatização de doenças graves.

O segredo para se ter qualidade de vida está justamente reunido nestes dois aspectos: auto-conhecimento e gerenciamento do tempo.

Qualidade de vida é paz de espírito

Para ilustrar melhor o que exponho, proponho um pequeno exercício: imprima o gráfico abaixo e levando em consideração que, quanto mais perto do centro, pior é a avaliação e quanto mais perto da borda, melhor é a avaliação, marque um ponto em cada um dos espaços vagos.

Seu gráfico deverá ficar parecido com esse:

Agora, uma os pontos numa linha contínua. Deverá ficar aproximadamente assim:

Agora, observe e avalie. Quanto mais regular estiver a figura, mais equilibrada estará sua vida. Quanto mais irregular, mais desequilibrada.

De posse deste gráfico, pontue o que você deve mudar, planeje seu dia, estipule metas. Dica: cole seu gráfico em um lugar de fácil visualização, onde possa ver todo dia e lembrar o que precisa ser melhorado. Eleja suas prioridades, diminuindo as deliciosas circunstancialidades, dedicando-se às tarefas importantes. Se tomar as atitudes corretas e conseguir estabelecer mudanças, faça uma nova avaliação dentro de alguns meses sobre o mesmo gráfico, com caneta de outra cor e veja o que já melhorou ou o que precisa ser melhorado e lembre-se: só você pode mudar sua vida, mais ninguém.

Da cesta básica ao altar

Fazer supermercado é uma tarefa que pode ser considerada por muitos como um martírio e por outros como uma atividade prazerosa, mas, essencialmente, é uma atividade necessária e que diz respeito à boa parte da economia que se possa fazer com o salário e à qualidade da alimentação.

Boa parte da estratégia em abastecer a dispensa, começa com a famosa lista de compras, que além de ser padronizada (para ser preenchida todo mês), deve ser pensada de maneira inteligente. O ideal é que ela seja dividida em seções como limpeza, higiene, enlatados, carnes, etc. A lista é uma maneira de evitar a compra de supérfluos e o conseqüente desvio do orçamento. De posse da lista é possível realizar uma pequena pesquisa e comparar os preços para ver se dar uma esticada no supermercado do bairro vizinho vale a pena. Se você dispensa o luxo em favor da economia, o melhor é optar por lojas do tipo atacado, “meio-a-meio” ou armazéns. Outra dica é nunca fazer supermercado com fome, ou você corre o risco de ser traído pelos olhos, que ficam mais sensíveis às chamativas e coloridas embalagens. A única coisa que não se pode abrir mão em razão da economia é a qualidade. Alguns produtos sofreram “adaptações” que comprometem a textura, sabor e às vezes a própria segurança alimentar. Os ketchups são um bom exemplo disso. Antes eram encorpados, bem vermelhos e mais saborosos. Hoje é uma mistura “liguenta” de água, corante, sabor artificial de tomate e açúcar. Requeijão é outro exemplo de alteração, com a introdução de amido para dar consistência, por isso é muito importante ler bem os rótulos dos produtos, que estão cada vez mais informativos, mesmo que estejam com em letras bem pequenas. Frutas e hortaliças merecem especial atenção, já que são altamente perecíveis, assim como as proteínas de maneira geral (carnes, peixes e frangos). Este link trás uma série de dicas que são importantes na hora de fazer as compras.

Se você faz parte do universo dos 70% (média) de consumidores casados, que freqüentam os supermercados, sua leitura termina no parágrafo acima. Se você faz parte dos 21% solteiros ou 7% dos viúva(o)s e/ou divorciada(o)s, siga em frente.

Para quem está, usando de sutileza, preso em um banco de areia, ir às compras é uma boa oportunidade de conhecer gente, trocar idéias, estar no mercado (literalmente). Como 69% dos freqüentadores do supermercado são mulheres, as dicas podem ser mais úteis à elas, mas não deixam de ser interessantes aos seres do sexo masculino.

Amy Winehouse com frio fazendo umas comprinhas. Roupa inadequada, no estilo e na funcionalidade.

Como o tempo de todo morador de uma grande cidade é sempre muito corrido, ir ao supermercado geralmente é visto apenas como mais uma tarefa do lar, e muitas pessoas vão às compras de qualquer jeito, digo, vestidos com moletons, camisetas do Mickey (Ui!) ou de propaganda (Ui!)², cabelos desgrenhados, enfim, parece que acabaram de acordar. É preciso que nessas horas, aja um pouco de investimento na imagem também. Vai que, dobrando a esquina da promoção de leite em pó, você dê de cara com aquele deus grego, ou aquela princesa encantada. Nunca se sabe. As roupas devem ser confortáveis, porém ter o mínimo de estilo para gerar um “apelo visual”.

Britney Spears e seu visual patricinha-bitch-dona-de-casa

É bom saber de antemão que a maior parte dos freqüentadores de supermercados são da classe “B2” (26%) e “C” (32%), já que os das classes “A” e “B1” tem “serviçais” para tal tarefa, e quando vão pessoalmente, geralmente é para comprar um queijo, um vinho, petiscos, quase nada da rotina do lar, logo, a expectativa de encontrar o útil e agradável, tem chances menores. Se for à caça no supermercado, vá atrás de amor sincero.

Letícia Birkheuer – Sem maquiagem, sem o glamour das telas.

Estudos apontam que 26% dos compradores estão na faixa dos 26 a 35 e outros 23%, na faixa dos 36 a 45 anos, ou seja, este item permite uma liberdade maior de escolha, que pode ir desde o jovem profissional em início de carreira, que já está começando a ver que as baladas não são mais a razão de viver, até as pessoas mais maduras, com certo nível de responsabilidade, que já tem renda própria e estão numa fase de estabilidade.

Se você não se importa em ter relacionamentos com quem já tem filhos, saiba que o supermercado é uma seara, com 63% dos freqüentadores sendo pais ou mães, mas se você prefere iniciar a própria prole, ainda lhe restam confortáveis 37% de escolha.

Fazer compras no supermercado na madrugada muda radicalmente este cenário. Pessoas com um padrão de vida mais elaborado são os freqüentadores das lojas neste horário. E neste horário também, as intenções vão além da cesta básica. O perfil destes novos freqüentadores ainda não foi bem definido (ou ao menos ainda não estão tão acessíveis), mas pode-se notar que geralmente são pessoas mais bem arrumadas, que compram itens de segunda necessidade (se é que existe esta classificação), que estão mais disponíveis, são mais jovens e muitos, às vezes, vão apenas para jogar charme entre uma prateleira e outra. É possível encontrar também com maior freqüência os que estão indo ou vindo das baladas, que passam para abastecerem-se de álcool (não combustível) ou para o lanche que encerra a noite.

Da próxima vez que for ao supermercado, se estiver solteiro, além da lista de compras, tenha este post em mente, defina seu público alvo, estabeleça metas, objetivos, capriche no look, e boas aquisições!

Tuíto, logo existo

O twitter nasceu em 2006, das mãos dos funcionários de uma empresa de informática de São Franscisco, na Califórnia, que precisava se reinventar para não sucumbir diante dos avanços de gigantes como a Apple. O conceito inicial foi baseado na idéia das SMS de celular e propunha que os usuários enviassem mensagens curtas de maneira fácil, usando o PC. Logo no início, a nova ferramenta não foi bem entendida pelos usuários, acostumados a postar nas redes sociais ditas tradicionais como Orkut, Facebook e MySpace. Porém, em pouco tempo, o twitter, que foi concebido para enviar mensagens sem custos e de maneira utilitária, foi percebido de outra forma pelos usuários, que passaram a usá-lo para expressar o que pensavam. A explosão aconteceu com a entrada das celebridades na rede social, que passaram a fazer seus pequenos relatos do dia-a-dia. Com o ingresso de Barack Obama na nova rede social, que começou a utilizar a ferramenta como canal de comunicação direta entre ele e seus eleitores, o microblog caiu nas graças dos usuários.


Quem começa a utilizar o Twitter geralmente fica perdido no início, como foi o caso deste que vos escreve, que abriu uma conta no final de 2008, e sem se identificar com o novo meio de comunicação fechou-a pouco tempo depois. O condicionamento em ter “amigos” das outras redes sociais, foi difícil de ser quebrado pelo novo conceito de ter “seguidores”. Outro aspecto que de certa forma amedronta algumas pessoas é o fato de que não ser seguido, é sinal de desaprovação.

Twitter significa “piador” em alusão aos pios (tweets) dos passarinhos, já que os 140 caracteres são considerados uma miséria em termos de expressão de idéias. Hoje, se tornou uma das principais formas de comunicação mundo afora. Com o advento da internet móvel, o twitter tem como tendência, ser o principal comunicador instantâneo do planeta. Alguns são contra a inevitável massificação da ferramenta por medo de que ela se torne um “piscinão de Ramos”, como aconteceu com o Orkut, porém existe uma grande diferença. Redes como Orkut, FaceBook e MySpace se baseiam nas “fotenhas” para garantir audiência e o Twitter se baseia na troca de idéias. Quem não tiver o que dizer ou um bom argumento leva um temido Unfollow. Para alguns, o Twitter é um divisor de águas, ou bits. “Minha vida é dividia em AT - Antes do Twitter e DT - depois do Twitter”, tuíta a médica e publicitária Mirrele Nobre - @Mirrelenobre, que utiliza a ferramenta para se manter atualizada sobre o que rola na rede.

Outros levam o Twitter mais a sério, como é o caso da jornalista Adelaide Oliveira, que apresenta o programa semanal Pensando Bem na TV Nazaré.  Ela revela que não possui um limite fixo para usar o microblog, podendo passar horas a fio, ou apenas dar alguns “pios”, desde que diariamente. “É um valioso canal de informação” sentencia a apresentadora, que vê na ferramenta uma oportunidade de conhecer a opinião das pessoas, provocar reflexões e até mesmo pedir contribuições para as pautas do programa. “Aproveito também para divulgar tudo o que acho importante” informa, sendo politicamente correta. Adelaide, ou @misspratinha revela também que fez bons contatos, ampliou sua rede de relacionamentos e de fontes, e que usa para buscar informações que serão ponto de partida para seu trabalho.

Adelaide Oliveira

"A ferramenta é ótima, mas o que faz a diferença é quem usa.”

As DM - Direct Messages, ou Diabolic Messages ou ainda Divine Messages, dependendo do conteúdo, é o quarto da casa, onde rola o impublicável. “Rola uma fofoquinha, as conversas mais abertas, sem pudores”, delata Adelaide. Quando perguntei se o Twitter atrapalha o convívio social, @misspratinha tecla uma gargalhada - kkkkkkkkk - e confessa que precisa se controlar principalmente para estudar ou continuar sua tese de mestrado (nessas horas rehab total) e diz que o marido já reclamou, mas hoje já está acostumado, e quando os amigos reclamam, “Não dou nem confiança” finaliza.

O carioca paulistano (aham, corretores ortográficos, sentem lá), e paraense há 10 anos Aldo Alves, 34, mantém a conta @OqueMeDeixaPUTO desde abril de 2009. O Gerente de Núcleo Web, blogueiro do Cinecríticas e DJ nas horas vagas tem 22.000 seguidores espalhados mundo afora e garante que “mais do que ter seguidores, ter tanta gente que colabora e tem afinidades com parte das experiências que estão na minha TL é algo único”. Aldo tem colaboradores que postam diretamente para ele, e não são poucos. O tuiteiro revela que tira muita coisa das próprias experiências, e até mesmo daquilo que não tenha acontecido de fato, e revela que essa experiência é potencialmente interessante. Aldo passeia pelo twitter alheio em busca de inspiração e deixa escapar uma curiosidade: mesmo depois de ter descoberto que a expressão “Inspired by” estava errada (o correto seria “Inspired in”), deixou assim porque percebeu que a moda já tinha pegado, transformando-a na sua assinatura e marca digital. É a licença tuítica lançando mais uma expressão. Na contramão da tendência do twitter, onde as pessoas querem dizer o que pensam e ficar conhecidas por isso, Aldo conta que, mesmo sem saber que a conta @OqueMeDeixaPUTO faria tanto sucesso, sempre quis que o conteúdo falasse mais do que o autor. Ao contrário de muitos, ele quer que o conteúdo seja a celebridade e não ele, e acha que a importância que dá para a relevância do que escreve pode ter contribuído para o sucesso.

Aldo Alves

Situações que o deixam "puto"

Aldo usa o twitter sempre que pode, porém, sem paranóia, transformando a atividade num prazeroso exercício diário e afirma que o twitter nunca atrapalhou suas atividades sociais, e que adora sair e conhecer gente nova e que quando sai com os amigos, dificilmente tuíta, e que chega a tirar sarro de amigas que estão na balada e não abrem mão do vício de tuitar.

Gaby Amarantos é outra viciada no twitter. Mais que uma ferramenta de divulgação do seu trabalho, a celebridade, agora nacional, adora usar o twitter para sentir-se mais próxima de seus fãs. Já são 3000 seguidores que tuitam mensagens de apoio à carreira. Usuária do IPhone, Gaby confessa que levou pouco tempo para se adaptar à tecnologia. Em recente encontro com a “deeva” paraense, mesmo no meio do bate papo, entre um sushi e outro, ela não deixava de dar uma olhadinha na TL, só para conferir o que estava rolando. 

Gaby Amarantos

Ryca e baphônica

Gaby foi tema central de uma mega discussão nas TLs paraenses, quando uma figura do meio artístico papa-chibé a atacou com tuitadas. Seus fãs e seguidores retribuíram o ataque com incentivo e palavras de carinho e com contra-ataques ao detrator. Não só os fãs se pronunciaram, mas jornalistas, produtores, músicos, e outros usuários saíram em sua defesa. “Já estavam me ligando da imprensa” confessa Gaby, que se assustou com a repercussão do caso. O mais interessante é que a dona de uma das vozes mais quentes do Pará “se joga”, interagindo com todos os que lhe tuítam. Estreou no twitcam degustando uma tigela de açaí com charque, para deleite de seus seguidores. Gaby já aderiu à linguagem do microblog e vez em quando solta umas pérolas do tipo “Muito ryca no Maricotinha com os amados da @recordbelem” (@GabyAmarantos, 0h, 12/09/2010).

Ney Messias, (BIO: radialista, ilusionista, cozinheiro experimentalista) jornalista famoso do Pará, apresentador do “Entre nós” da ORMTV, autor do blog Metanoia não passa um dia sem tuitar. Como formador de opinião e crítico sempre que dá, Ney dá suas alfinetadas.

Ney Messias

Ventilador velho

Ney funciona como um ventilador velho. O barulho incomoda, mas o vento faz mais falta. Dono de tiradas prontas, certeiras, imediatas, encontrou no twitter a ferramenta ideal para expressar suas visões de mundo. "Hoje as pautas acontecem e aparecem primeiro nas redes sociais", dá a dica. Ney assume que 80% da sua permanência no twitter é trabalho e que apenas 20% é diversão. Seus quase 3.300 seguidores se divertem diariamente com uma das TLs mais agitadas e inteligentes do Pará. Quando perguntei se o twitter atrapalha a vida social em algum momento, ele diz que "a namorada já reclamou, mas também é tuiteira". O titio do twitter envia suas mensagens direto de seu Blackberry através do UberTwitter.

Existem tuitantes que viram celebridades regionais, simplesmente pela simpatia, como é o caso do Farmacêutico e Gestor, Marcos Castello, conhecido no microcosmo paraense tuitante como @Castellito. Auto-intitulado "aventureiro e aprendiz de tudo", o amante da boa gastronomia, cujas incursões em restaurantes geralmente são bem descritas na TL, tem uma legião de seguidores que já ultrapassam os 1.500. @Castellito confessa que dá em média, 45 tuitadas diárias e que não há lugar, hora, ou aparelho específico, já tendo tuitado até do Play Station portátil. Morador de Santarém, descreve com detalhes a rotinas de seu trabalho e aventuras pelas festas locais e claro, suas idas aos restaurantes da cidade. Das utilidades práticas do twitter, Marcos diz que já conseguiu até emprego. Seus seguidores estão espalhados pelo Brasil e boa parte deles veio dos #FF de seus seguidores e se utiliza do filtro do twitter para pesquisar pessoas com os mesmos interesses, o que gera novos seguidores. Com pouco mais de um ano no microblog, mantém a média de 88 novos seguidores por mês.

@Castellito

Simpatia

Quando ingressou no twitter, o objetivo era falar sobre saúde e gestão, que são suas áreas de interesse, mas “perdeu o controle” e hoje fala sobre tudo, evitando apenas falar sobre política. @Castellito surpreende ao revelar que, tirando os fakes e umas 30 pessoas, conhece pessoalmente todos os outros, e pretende conhecer todos, estando com viagem prevista à São Paulo para encontrar 10 de seus seguidores. Não há um dia em que os seguidores do tuiteiro fiquem sem saber novidades, aliás, é praticamente impossível não encontrá-lo na TL ao longo do dia. Apesar da presença constante, Marcos diz que sabe dosar muito bem o twitter, com trabalho e vida social. “Quando estou no meio de uma boa conversa, de um passeio, namorando ou no trabalho deixo de lado, mas normalmente, se tiver um tempinho livre lá se vai um tweet”.

Os Brasis do Brasil

Cada região deste imenso país, um dos maiores do mundo em extensão territorial, apresenta características tão peculiares, que se não fosse a língua mater, atravessando as fronteiras estaduais, poderíamos jurar estar em outro país. Os costumes, os termos, os sotaques, os significados das palavras assumem características díspares em cada região. No sul, por exemplo, rabo (de cavalo, cão, gato), é chamado de cola. "Solta a cola do gato guri!" é a maneira como os gaúchos diriam "Solta o rabo do gato pequeno!", e daí, vem o mais interessante. O paraense também usa o termo "cola" quando fala "Estou na tua cola", para designar que está bem perto. Cola, também neste caso, é usado no sentido de cauda e não de substância aderente. É só uma maneira de ilustrar uma destas estas diferenças, mas, o texto abaixo, circulando pela internet, e cujo autor não consegui descobrir, ilustra mais, digamos, didaticamente, o que quero dizer.

Maniçoba: o que para muitos parece "excremento de vaca", é uma das delícias do Pará. Nem todos se aventuram prová-la pela aparência exótica.

"Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás. 
Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui. 
Chequei tarde só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo 
tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em 
cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim. 
Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não. 
O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo. 
Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei 
o farelo depois. Me deu um piriri. Também...perece leso, comprar unha 
no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, mto 
fiiiiiirme, mas um pouco pitiú. 
Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo 
graça. Eu pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio 
um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...Fiquei na roça, levei o 
farelo. O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró, 
égua-muleke-tédoidé, pense num bonde lotado. Eu disse: éguaaaaaaaa, 
voimbora logo. 
No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa 
aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Daí 
o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar 
aí do teu lado. O menino falou: Hmm, tá, cheiroso.."


Tradução:

“Um dia eu tinha bastante dinheiro e pensei em ir ao comércio comprar uns tamatás (peixe típico da região).

Tamatá

Estava com muita preguiça, mas criei coragem, peguei o ônibus Sacramenta (bairro perigoso) e fui.

Cheguei tarde e só havia peixes de má qualidade. O homem que estava vendendo tinha uma orelha muito grande. O sem noção espirrou em cima do tamatá do cliente que havia acabado de comprá-lo e no meu também.
Ficou tudo cheio de ranho. Nossa, que nojo! Não é mentira, não. O dono do tamatá encheu o orelhudo de porrada, mas judiou mesmo.

Unha de caranguejo

Saí dali e fui comer um salgado parecido com coxinha de frango, só que à base de caranguejo. Escolhi uma bem grande. Nossa, quase morri depois. Me deu um mal-estar. Também... pareço maluco, comprar um salgado à base de caranguejo no Ver-o-peso. Comprei uns mexilhões, um cupu-açú, fruto regional, e um pirarucu, peixe regional muito bom, mas com cheiro forte.

Cupu-açú

Fui à parada esperar o ônibus. Lá haviam duas moças de vida duvidosa fazendo gracejos. Eu pensando com meus botões...ÊEEE ela já me quer...Mas, veio um ônibus Paar-Ceasa vazio e elas entraram. Fiquei numa pior, morri.

O ônibus Sacramenta veio lotado e começou a cair uma chuva muito forte, nossa, cara, estás maluco? Imagine um ônibus lotado. Eu disse, nossaaaa, vou embora agora.

No Sacramenta lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor sem graça. Uma velha estava quase passando mal. Daí o velho que estava com ela gritava sai daí menino para a senhora sentar ao seu lado. O menino falou: humm tá bom seu folgado que eu levanto...”

De volta à rede

O mundo em que vivemos atualmente é um verdadeiro caos. Em todas as áreas e em todos os sentidos. Grandes emaranhados de ruas, relacionamentos, informações, contas, números e senhas. Neste emaranhado de senhas, fui vítima de minha própria displicência, acabando por configurar erroneamente este blog, ficando sem poder acessá-lo por um bom tempo. Já quase havia desistido, até que o suporte do Blogger conseguiu enfim, resolver meu pequeno apagão. Agora estou de volta, para devanear sobre as coisas que eu acho na internet, da vida, das pessoas.

Booty dance ou Dança da bunda

Mais um sucesso brasileiro conquista o mundo. Não, não estou falando do Calypso ou do rebolation. Agora é a Booty Dance ou Dança da bunda...só vendo pra crer!!!

Pensando bem...

Revisando com calma a imagem abaixo, analisando cada um dos itens que se apresentam, acho que fui vítima do imediatismo que nos assola e influencia a nossa capacidade de julgar. Vamos analisar juntos:
O cara que está segurando o mamilo "aparentemente" não é médico e se for um profissional da área de piercings, brincos e tatuagens talvez não se arriscasse a fazer uma cirurgia dessas;
O local não parece com um local onde se faria um ato incisivo desta profundidade;
O suposto desmamilador não mostraria a cara desse jeito correndo o risco de ser preso;
Do lugar de onde, supostamente, foi retirado o mamilo, ficou uma mancha redonda meio escurecida, o que pode ser vestígio de uma ação do fotoshop, logo, cheguei a conclusão que essa é mais uma das milhares de pegadinhas que invadem nossos emails todos os dias. Sorry!